Por não possuir airbag e ABS, a Kombi, que estava em produção desde 1957, parou de ser fabricada em 2014.
No primeiro dia útil de 2014, pairou um clima estranho na planta da Volkswagen em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, pois, pela primeira vez em 56 anos, a fabricação da Kombi parou.
O que aconteceu foi que as resoluções 311 e 312 do Contran exigem airbag duplo e freios com ABS em 100% dos veículos produzidos no Brasil. Por não possuir os itens, esse modelo parou de ser fabricado sem deixar sucessores.
A Kombi se foi, mas deixou na história um recorde: foi o veículo de maior longevidade da indústria automobilística mundial, com 1,5 milhão de unidades fabricadas e sendo produzida primeiro que o carro-chefe da marca até o começo dos anos 80, o Fusca.
O destino da Kombi
O fim da Kombi começou em agosto de 2013 e a Volkswagen programou uma despedida especial, com direito a uma série limitada, a Last Edition, evento na fábrica, hotsite com histórias dos fãs e campanha de marketing com os últimos desejos da Kombi.
Ela foi lançada com apenas 600 unidades, com pintura retrô azul saia e blusa, bancos de vinil, cortinas, acabamento luxo e plaquetas numeradas no painel. Tudo isso com o preço salgado de R$ 85 mil, que não assustou os colecionadores e logo a Volkswagen teve que dobrar a série para 1200 unidades.
“Quando anunciamos a Last Editon foi um fenômeno mundial. Tivemos pedidos dos cinco continentes. No início acreditamos que 600 seriam suficientes, tivemos que dobrar e ainda temos demanda para muito mais. Isso justifica o preço mais alto que a versão branca; temos mais de 5 mil interessados. Mas, além disso, se você ver o equipamento e o amor que colocamos, justifica o valor”, afirmou na época Jochen Funk, diretor da Volkswagen.