Os parafusos, ao contrário da crença popular, não são uma coisa rígida, que resiste. O parafuso em si, especialmente o de cabeçote, usado para dar o torque no motor, sofre uma deformação plástica.

Existe a deformação plástica e a deformação elástica. A deformação elástica permite que o parafuso sofra o esticamento, enquanto na deformação plástica, o parafuso sofre a deformação e para naquele nível.

Essas deformações são fruto da ductilidade, que indica o grau de deformação que o material consegue suportar antes de se romper totalmente. De maneira simplificada, o conceito define a maleabilidade da peça, informação muito importante para a escolha dos fixadores ideais.

Quando se insere o torque em um parafuso, você quer que ele rotacione, conforme ele rotaciona, ele vai descendo ao passo da rosca. Junto com ele, ele vai empurrando o cabeçote contra o bloco. Para que o parafuso tenha mais efetividade, aplica-se um torque que exija o máximo do parafuso antes que ele se rompa.

Essa elasticidade do parafuso durante o torque faz com que haja uma economia de material, porque o parafuso pode ser menor.

Por isso que, você mexe no cabeçote e retira os parafusos, eles devem ser trocados, pois o parafuso retirado vai ter uma diferença no seu tamanho em relação ao novo.

Reutilizar os parafusos de cabeçote pode gerar vários problemas em sua montagem, pois toda vez que você reutiliza o parafuso ele vai ficar mais solta, podendo ocorrer vazamentos ou a quebra do cabeçote, pois ele fica solto.