Você já deve ter visto aquelas novas placas automotivas e deve ter se perguntado, será que eu também vou ter que colocar no meu carro? Elas são obrigatórias e eu estou correndo risco de ser multado? Se você está se preocupando com isso, decidimos nesse texto responder a todas as suas dúvidas e lhe alertar, pois tais placas somente serão obrigatórias a partir de  31 de janeiro de 2020, até lá, no entanto, você pode usar normalmente a placa tradicional. 

Em vigor, desde 15 de setembro de 2018, as novas placas começaram a ser adotadas no Rio de Janeiro, portanto passaram a ser usadas nos seguintes casos:

• Veículos novos;

• Automóveis que tiverem as placas atuais danificadas ou

• Automóveis que passarão por troca de categoria, transferência de proprietário, município ou estado.

• Proprietários de veículos que queiram fazer a troca voluntariamente e que reside no Estado que já tenha as novas placas.

Inacreditável: Elas não custarão mais caro

Esse é um pensamento comum dos motoristas, haja visto que no Brasil há a inclusão de taxas, tarifas e impostos em cima de quase todas as novas atividades. Portanto, por incrível que pareça em alguns estados o custo da nova placa é até mais barato que o da placa tradicional. Por exemplo, o estado do Rio de Janeiro que foi o primeiro a adotar, lá, o custo das novas placas está no valor de R$ 193,84 para carros e R$ 64,61 para motocicletas, contra R$ 219,35 e R$ 90,12, respectivamente, no sistema anterior.

Como resultado, tal diferença se dá por conta do novo sistema não obrigar o lacre da placa traseira (que tinha o custo de R$ 25,51), o valor deixou de ser cobrado e ocasionou a redução do valor.

Lógico, que tudo dependerá da politica de preços de cada Estado, pois sabemos que possui autonomia administrativa, mas existe uma boa esperança de que o valor fique menor em todos eles.

As novas placas terão validade em todo o território Nacional?

Como resultado, esse é um fator que gerou muitas criticas e descontentamento dos motoristas. Por conta da autonomia entre os Estados e a provável diferença de valores, será obrigatório a troca total de placa quando houver troca de município do registro do veículo.  Isso se dará pois no sistema atual era possível trocar apenas a tarjeta com a inscrição de Estado e cidade, mas na placa nova essas informações estão impressas na mesma chapa.

Ou seja, agora mudar de cidade implicará em mudanças no QR Code exclusivo que fica gravado no canto inferior da placa, o que exige sua atualização.

Tais situações, fizeram com que o Contran voltasse atrás e eliminasse os brasões do Estado e município.

Elas possuem o mesmo tamanho das anteriores?

Portanto, quando, as tais novas placas foram anunciadas, houve a sensação de que eram maiores que as bem mais largas que as tradicionais. Isso se dava, em parte, por conta da proximidade delas com as da União Europeia- que são de fato largas, com seus 52 cm.

A nova placa, portanto, tem as mesmas dimensões da atual: 40 cm de largura por 13 cm de altura. Ainda assim, o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) autorizou uma redução de até 15% no tamanho da placa em situações nas quais ela não couber no receptáculo do veículo, desde que o QR Code e a bandeira do Brasil sejam preservados.

Como serão as sequências das novas placas?

Será mantida a quantidade de caracteres, mas com mudanças na sequencia de letras e números, desta forma, quem fizer a troca da placa antiga pela nova em um veiculo já registrado, perceberá o segundo número (da esquerda para a direita) ser substituído por uma letra de acordo com a tabela abaixo:

Com isso, uma placa PND 1518 se transformará em PND1F18, sendo o número 5 substituído pela letra F.

Vale ressaltar que ao contrário do que aconteceu com a migração das placas amarelas para as cinzas, ficará proibida a mudança da sequencia da placa pelo proprietário no ato de sua troca.

Como poderei saber de qual cidade é determinada veículo?

Nas placas cinzas atuais é bem fácil de localizar o Estado e o Município aonde um automóvel foi registrado, pois tais informações ficam em uma plaqueta na parte superior da placa.

No novo modelo, esse espaço é reservado exclusivamente para o brasão oficial do país de registro do veículo. Logo, a identificação do Estado e da cidade aconteceria por brasões oficiais localizados na lateral direita das placas.

Como comentamos aqui no artigo, após uma atualização do Conatran, as novas placas não terão mais os símbolos que permitiriam a identificação do local e do registro do veiculo.

Desta forma, a principal forma de o cidadão saber onde o carro está registrado é usando o aplicativo do Sistema Nacional de Segurança Pública, o Sinesp Cidadão, que também avisa se o veículo tem registro de furto.

Ainda assim, as sequências das placas destinadas ao Estado serão mantidas, levando em consideração somente a troca do número pela letra, como exemplo o caso do Paraná que, usará o intervalo AAA 0A01 até BEZ 9J99 (no sistema antigo era AAA 0001 a BEZ 9999).

Isso permitirá que você saiba, ao menos, qual foi o primeiro Estado de registro de cada carro.

Como identificar as diferentes categorias de veículos?

Com as novas placas, a identificação da categoria, saber por exemplo se o carro é oficial, se é de aluguel (táxi) ou se está em teste será outra coisa que ficará mais difícil.

Isto por quê, nas placas antigas essa identificação era feita pela cor de fundo e pelo tom das letras. Agora com as novas placas no padrão Mercosul o fundo será sempre branco, somente a borda e as letras irão mudar de cor.

A maioria das placas vai apenas migrar a cor que era usada no fundo para as letras. Em veículos de teste a borda e os caracteres serão verdes, enquanto ônibus, caminhões e táxis usarão o vermelho. Os carros de coleção, porém, usarão caracteres cinzas, já que o preto é exclusivo dos automóveis comuns.