Com nova baixa, a Gasolina termina 2022 R$ 2,14 mais barata; confira média

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Com nova baixa, a Gasolina termina 2022 R$ 2,14 mais barata; confira média

No fim de 2022, os motoristas estão pagando quase 31% menos por litro de gasolina em relação a janeiro deste ano, segundo levantamento do site de pesquisas Mercado Mineiro.

O preço médio do combustível em Belo Horizonte e região hoje é de R$ 4,79. No início do ano chegava a R$ 6,93. Em um mês, desde o final de novembro, o combustível caiu 2,4% e ficou R$ 0,14 mais barato. A baixa veio depois que a Petrobras cortou o preço de venda para as refinarias em 6% no início de dezembro, o quinto corte no segundo semestre.

Por outro lado, o diesel, necessário por exemplo para motoristas de caminhões, vans, ônibus e máquinas agrícolas, ficou mais caro em 2022. Em janeiro, o preço médio na capital mineira foi de R$ 5,69. Ele subiu 12,3% e fechou o ano cotado a R$ 6,39, mesmo com queda de 4,4% no último mês.

O etanol também ficou mais barato desde novembro, com queda de 2,6% na bomba, para R$ 3,80 em média. Mesmo assim, hoje ela ultrapassa 70% do valor da gasolina, quando isso acontece, essa opção não vale a pena para o motorista, pois o combustível no tanque geralmente é desperdiçado. Desde o início do ano, o álcool caiu 27,8%. Em janeiro, o preço médio foi de R$ 5,26.

Por que a gasolina baixou de preço?

Os preços da gasolina foram beneficiados pela queda do preço do petróleo no cenário internacional. Há preocupações com uma possível desaceleração do crescimento global, que está contribuindo para a queda do preço da commodity.

Desde meados de junho, os contratos futuros de petróleo caíram abaixo de US$ 100 nas últimas semanas. Este ano, com os efeitos da guerra na Ucrânia, atingiu o patamar de 140 USD, naquela época havia grande preocupação de que haveria um descompasso entre produção e oferta.

O repasse da Petrobras para as distribuidoras é apenas parte do preço do combustível para o consumidor final. E com o fechamento das eleições deste ano, o governo de Jair Bolsonaro tem usado medidas tributárias para ajudar a baixar os preços dos combustíveis.

A legislação entrou em vigor no final de junho para limitar as alíquotas de ICMS incidentes sobre itens considerados essenciais, como combustível, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte público.

O ICMS é um imposto estadual, forma o preço da maioria dos produtos vendidos no país e é responsável pela maior parte dos impostos arrecadados pelos estados.

A mesma lei também zerou as alíquotas do imposto federal sobre a gasolina, que em junho representava cerca de 10% do preço do combustível vendido ao consumidor, segundo dados da Petrobras.

Espera-se que o preço do litro da gasolina se estabilize, ou até caia por algum tempo.

Mas o alívio deste ano pode durar pouco: porque se nada mudar, os impostos federais voltarão a incidir sobre a gasolina a partir de janeiro, pressionando o bolso dos motoristas.

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