Hoje, os sistemas de travagem antibloqueio são uma característica de segurança padrão em muitos carros, mas o desenvolvimento da tecnologia ABS tem sido um longo processo. Muitas mudanças e refinamentos foram necessários antes que o sistema ABS inicial pudesse ser adequado para o uso diário.
Origens
Os sistemas de frenagem antitravamento podem ser rastreados até a década de 1920, quando os engenheiros aplicaram pela primeira vez o conceito de um sistema de frenagem automática aos freios das aeronaves.
Este sistema serviu ao mesmo propósito do ABS moderno, impedindo o travamento das rodas durante a desaceleração rápida ou em superfícies de baixa tração. O ABS permaneceu principalmente uma tecnologia de aeronaves até a década de 1950, quando foi aplicado a motocicletas.
Como a derrapagem e a perda de tração representam um grande risco de segurança para um motorista de motocicleta, isso se tornou um local natural para adaptar a tecnologia.
Desenvolvimento
Na década de 1960, os fabricantes de automóveis começaram a experimentar sistemas ABS em carros de passeio. O protótipo do Ford Zodiac apresentava um dos primeiros sistemas viáveis desse tipo, mas a despesa associada ao ABS levou a maioria dos fabricantes de automóveis a abandonar seus esforços.
Na década de 1970, a Cadillac oferecia o ABS como opção premium em alguns modelos de tração traseira, mas continuava sendo um recurso incomum para carros de mercado de massa.
Desde os anos 70, a adição de sensores controlados por computador e uma ênfase geral na segurança do automóvel levaram a uma rápida evolução da eficácia e popularidade do ABS.
Figuras chave
O engenheiro francês Gabriel Voisin é frequentemente creditado com o desenvolvimento do primeiro ABS para aeronaves na década de 1920. Tony Wilson-Jones, da British Enfield Cycle Company, foi um dos primeiros oponentes, acreditando ser uma tecnologia desnecessária, retrocedendo assim a evolução do ABS na década de 1950.
Na década de 1970, grande parte do rápido desenvolvimento do ABS moderno ocorreu quando Robert Bosch adquiriu uma série de patentes e iniciou uma joint venture de desenvolvimento com a Mercedes-Benz.
Muitos dos avanços ABS da época foram lançados nos modelos Mercedes-Benz. Na década de 1980, os engenheiros da BMW lideraram o desenvolvimento do ABS ao aplicá-lo em motocicletas como a K100.
ABS hoje
Desde a década de 1990, ABS e sistemas relacionados tornaram-se comuns. Muitos motoristas tomaram conhecimento da tecnologia apenas quando ela foi disponibilizada como um recurso padrão ou uma opção premium em carros e caminhões convencionais e de alta venda.
A adição de sistemas de controle de tração (essencialmente um ABS que se aplicava à aceleração em vez de frenagem) tornou a tecnologia ainda mais onipresente.
Prós e contras
Os méritos relativos do ABS têm sido objeto de debate contínuo. Geralmente, essa discussão pondera o custo de implementação de um sistema ABS em relação aos benefícios práticos de segurança e o efeito líquido no comportamento do motorista.
Muitos opositores do ABS citam o fenômeno da compensação de risco, que teoriza que os motoristas de carros equipados com esse sistema tendem a dirigir de forma mais agressiva devido ao recurso de segurança adicional, negando assim qualquer benefício prático.
Outros acreditam que um motorista habilidoso é mais capaz de controlar seu veículo em uma situação perigosa, sem a substituição de um sistema automatizado. Outros testes, incluindo os realizados pelo Highway Loss Data Institute, concluem que o ABS é uma forma eficaz de prevenir colisões e promover a segurança rodoviária geral.