O mercado de carros usados caiu 20% e travou todo o setor no 1º semestre. Com isso, nós deixamos de vender quase 1,1 milhão de carros usados neste 1º semestre.
Logo, se o mercado “secundário” de veículos não rodar, isso trava automaticamente o mercado de novos.
O carro usado é, e sempre foi, a principal moeda na compra do carro novo. Logo, o mercado de usados reflete diretamente no sucesso, ou fracasso, no mercado de novos.
É um sonho do brasileiro ter casa e carros próprios, mas, mesmo com a casa sendo um sonho distante, o carro não está tão longe.
A indústria de carros está em ladeira a baixo nos últimos 10 anos, contudo, ao somarmos a venda de veículos novos e usados, percebe-se que na última década o mercado de veículos possui uma trajetória diferente.
O mercado total de veículos oscilou entre 1 milhão e 1,1 milhão de veículos/mês (excluindo o ano pandêmico de 2020). Logo, na última década, o consumidor brasileiro adquiriu o costume de um veículo para uso próprio, seja novo ou usado.
Entretanto, o grande diferencial deste ano é que o mercado de usados travou. No primeiro semestre de 2022, o mercado de veículos usados registrou vendas de 4,37 milhões de unidades, uma retração de quase 20% sobre o 1º semestre de 2021, quando houve 5,45 milhões de unidades comercializadas.
Em vista disso, deixamos de vender quase 1,1 milhão de carros usados neste 1º semestre.
Isso é um dos reflexos para o mal desempenho do mercado de novos, pois se o mercado “secundário” de veículos não vem rodando, isso trava automaticamente o mercado de novos.
O mercado de novos registra retração de uns 15% neste semestre.