Reciclagem de automóveis

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Reciclagem de automóveis

Vamos falar um pouco sobre reciclagem de automóveis. A idade média dos carros no Brasil é de 9 anos, somando veiculo de carga, passeios e ônibus. São cerca de 20 milhões de veículos com mais de 15 anos de uso, considerando apenas os caminhões a frota é ainda mais antiga.

Segundo dados da Confederação Nacional do transporte será necessário fazer o sucateamento de 50 mil caminhões por ano, e para que isso se complete seria necessário treze anos. Isso mesmo, treze anos, para retirada e total eliminação da frota de veículos com mais de trinta anos no Brasil.

Além de deixar o dono na mão com frequência e de representar um risco no trânsito, essas verdadeiras sucatas também prejudicam o meio ambiente.

Os motores antigos consomem mais combustível, são mais poluentes e, além disso, esses carros velhos tem menos materiais que podem ser reciclados.

Pelo tamanho e principalmente pelo valor, os carros não podem ser tratados como lixo comum e normalmente quando deixam de circular eles têm o mesmo destino. Um material rico que poderia voltar ao mercado.

Se engana quem pensa que mandar as sucatas para o ferro velho resolve o problema, ao contrário, ele só muda de endereço, e os resíduos muitos deles tóxicos continuam poluindo o solo e a água.

Para entender a gravidade do problema, especialistas afirmam que os carros fabricados até os anos 50 tinham o dobro de chumbo que os de hoje e que um veículo com mais de 20 anos polui o mesmo que oito carros novos.

Mas o que parece um problema enorme e sem solução, pode ser resolvido de um jeito simples, basta reciclar.

Indústria da reciclagem de automóveis

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Apesar de ainda contar com entraves como politica para reciclagem, apoio politico e dificuldade do brasileiro em se desligar de um bem. A indústria da reciclagem no Brasil já movimenta milhões de reais.

Como exemplo podemos citar a empresa RFR, de Guarulhos, que há 22 anos trabalha no ramo de reciclagem de metais como ferro e aço, apostando pesado no crescimento desse mercado, tornou-se uma das principais empresas do segmento.

Empregando cerca de 250 funcionários, processa em media cerca de 40 mil toneladas/mês de sucata. Representando cerca de 5% da oferta nacional, incluindo carros e eletrodomésticos no final de sua vida útil. Além de resíduos do processo produtivo de montadoras como Mercedes-Benz e Volvo.

Em seu maquinário, a empresa possui um grande triturador, conhecido como Schreder, que possui capacidade para triturar de 50 a 60 veículos por hora. “Eles são colocados inteiros no triturador e depois os materiais são separados”, explica Márcia Monteiro, diretora-administrativa e sócia da RFR.

Outra empresa que tem ganhado destaque e recuperado sucata de aço é a siderúrgica Gerdau, – no mundo todo, a companhia recicla 18 milhões de toneladas de metais por ano. A unidade da empresa no Sul utiliza cerca de 200 mil toneladas de material reciclável por mês.

Dificuldades e oportunidades encontradas no ciclo da reciclagem de automóveis

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Chegando a pesar cerca de uma tonelada , um carro de passeio é feito principalmente de aço, vidro, plástico e borracha, quatro materiais altamente reaproveitáveis. Desta forma se formos consideramos a eliminação de todas as sucatas e a transformação destas em peças de reciclagem teríamos uma indústria potente.

Porém, no Brasil, empresas que trabalham com o segmento encontram dificuldades enormes até mesmo para a sobrevivência. Estudos comprovam que de cada cem carros que deixam de circular apenas dois são reciclados.

Profissionais que estão na linha de frente dessa batalha afirmam que para mudar a realidade no Brasil é preciso vontade politica, investimento e claro, consciência ecológica.

Um processo que vai muito além da preservação ambiental, a confederação nacional dos transportes aposta em centros de reciclagem para renovar a frota de caminhões, gerar empregos e tirar muita gente da clandestinidade.

Márcia Monteiro, da empresa RFR, citada acima afirma que “tirando um veiculo velho da rua você polui menos, o transito flui melhor, além do que você põe a indústria da reciclagem pra trabalhar. A siderurgia para trabalhar, é só ganho, só ganho, eu não consigo enxergar o motivo de não acontecer”.

Outro setor aonde as empresas que trabalham também estão buscando mais matérias-primas é o de recuperação de vidros automotivos. Como exemplo, podemos citar a Autoglass, empresa de instalação e manutenção de vidros para automóveis, que criou um sistema de logística reversa para recolher para-brisas e vidros laterais e traseiros danificados e destiná-los à reciclagem. Assim, o mesmo caminhão que entrega o vidro na revenda traz de volta o material em pedaços. Atualmente, já são recuperadas 30 toneladas por mês.

Conclusão

Neste artigo, informamos como encontra-se a indústria de reciclagem hoje no Brasil, falamos das dificuldades encontradas pelo setor, que impede o crescimento e a promoção de empregos mesmo num cenário abundante de matéria-prima.

Falamos dos perigos que as sucatas ocasionam ao meio ambiente e ao ser humano. Apresentamos os números atuais das industrias e processos de produção, como exemplo citamos uma das maiores empresas do Brasil.

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